Firefox deixa de lado o suporte a plugins

Há muito tempo os navegadores web já vêm dando sinais de que desejam abandonar as dependências de plugins para a maioria das tarefas. Isso porque os plugins (tais como Java e Flash) utilizam uma API conhecida como "Netscape Plugin" (NPAPI), que é reconhecidamente vulnerável e, além disso, pesam no carregamento das aplicações. Em Março, a Mozilla Foundation, que desenvolve e mantém o navegador Firefox, deu mais um grande passo nessa direção. A fundação liberou a versão 52 de seu Web browser e, com ele, retirou o suporte ao Java , Silverlight (tecnologia da Microsoft) e Adobe Reader (o Adobe Flash ainda é suportado). Isso significa que, se você precisa destes aplicativos integrados ao Firefox, terá de partir para outra solução.

Uma delas é utilizar o Firefox Extended Support Release (Firefox ESR, disponível em https://www.mozilla.org/firefox/organizations/all/), na versão de 32 bits (a de 64 só suporta Silverlight e Flash), para poder continuar utilizando-os. Internamente, o Firefox vem substituindo os recursos usados por plugins por um conjunto de soluções alternativas, que a Mozilla chama de Web APIs, embora não totalmente funcionais ainda.

O maior problema, para muitos sites, tende a ser o Java. Mesmo que outras soluções sejam implementadas pela Mozilla, muitos portais (principalmente os que utilizam Certificados Digitais), procuram especificamente por esse plugin e, não encontrando-o, não conseguem validar o usuário. Quem sofre, na maioria das vezes, é o advogado. Muitos sites do judiciário lançaram mão de outras alternativas. O Tribunal Regional do Trabalho de Campinas passou a usar um Assinador Digital alternativo, o Shodõ, para permitir a autenticação dos usuários em seu sistema.

Utilizar um outro navegador também pode contornar a restrição, tal como o Internet Explorer (o Microsoft Edge, que oficialmente substitui o IE no Windows 10, não irá carregar o Java, nem tente). O Google Chrome também não é uma opção aos que precisam do Java: o navegador abandonou o suporte ao plugin em 2015.

Nesse meio tempo, os websites que fazem uso intenso de plugins devem ir se readaptando. Outro que está na mira há tempos é o famoso Adobe Flash (e, por consequência, o Silverlight, da Microsoft), que podem ser substituídos pelos recursos do HTML 5 - foi o que a Netflix fez há mais de um ano para exibir seu conteúdo.

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